31 de maio de 2011

Uma marca do passado


     Via o sol refletindo contra a minha janela, a música melancólica ao fundo, aquele gostinho de tarde ainda vivido em meu paladar. Sim, as coisas eram simples. Então, ás vezes, ou até em seguida, me pego escrevendo. Escrevendo sobre tudo, sobre nada. Escrevia sobre simplicidades, como a chuva que escorria sobre a grande fortaleza de lembranças, que eu mesma gosto de chamar de casa. Gostava de escrever sobre assuntos indiscutíveis, particularmente como religião, guerra, preconceito. Mas, acima de tudo, me sentia feliz. É claro que, convenhamos, ainda somos jovens, todos nós. Ainda temos oceanos de coisas para descobrir, uma vida inteira para se conhecer. Mas mesmo sentindo que vivi tão pouco, as coisas mudaram. Nada está como costumava ser, o que antes era simples, doce e inocente, hoje em dia é vulgar, complicado, amargo. E mesmo que cada fibra do meu ser insista em negar, não posso lutar contra a lógica; não posso negar que o mundo está se tornando cada vez mais canibal.

20 de maio de 2011

Quando a chuva passar


   Sempre me pego observando o céu. Particularmente, gosto do céu limpo e azul, com um belo sol amarelo salvando-me, dizendo que apenas por hoje, tudo ficará bem. Sim, otimismo. Querendo ou não, uma forte característica minha.  Mas isto tudo era algo como a chuva, algo como a prova que o tempo pode mudar de uma hora para outra. Que o céu pode se fechar, que tudo pode acabar, assim, sem nenhum culpado. Apenas o tempo. Mas, o que há de dramático nisso?Não é o que há de dramático, ou o que deixa de ser. Mas nós, como todos os seres humanos, associamos coisas às outras. Logo, a chuva teria sua importância, seus significados. Melancolia, tristeza, solidão. Então, não importa o quanto o tempo esteja fechado; espere e veja o lindo arco-íris.

15 de maio de 2011

Ei, estranho

    Às vezes, queria ser você. Você não precisa de aceitação, ou opinião alheia. Tudo o que você precisa é pensar por si próprio, e não levar nada ao lado pro lado pessoal. Mas nós, não. Nós só queremos alguém que vá nos aceitar como somos, alguém que nos compreenda.
    Você vive em sua cabeça, alguns chamariam isso de imaginação. Quanto a mim, tento me focar em algo que não seja meus sentimentos. Porque eles me derrubam. Principalmente aqueles sobre o seu respeito. Mas nada iria te derrubar, certo? Está tão certo sobre seu respeito, tão aparentemente forte e sobreposto. Por outro lado, ambos nós somos desapegados. De qualquer coisa. De qualquer um. A não ser que estivemos fingindo.
   O destino nos levou um para o outro, de alguma maneira. Por algum motivo, você sorriu para mim, aquele dia. Não sabia você, mas tudo que eu sempre desejei fosse que alguém ignorasse tudo, e sorrisse. Alguém que pudesse ver a beleza  até mesmo nas coisas mais duvidosas. E mesmo você viu a beleza em mim. E foi assim que tudo começou.

9 de maio de 2011

Além de tudo, não desista.

Quando estiver devastada, levante a cabeça e siga em frente. Mesmo que doa. Mesmo que, aparentemente, seja impossível. No começo, será. Não vou negar. Mas depois você vai perceber que esse tipo de atitude pode diferenciar uma vitória de uma derrota. Além de tudo, se falhar, você ao menos tentou. E isso fará toda a diferença. Sei que ás vezes adoro dar enfase em que nada é fácil. Não é. Nada é. Mas se você acreditar em si mesmo, acima de tudo, as portas se abriram mais rápido do que possa se dar conta.